Se tem algo que eu realmente odeio sentir é saudade. Por que ela dói. Ela chega de mansinho me ferindo por dentro e quando me dou por mim ela esta transbordando dos meus olhos.
Eu sou dramática de mais. Não queria ser assim.
Sentir saudades de alguém que você gosta é normal. Mas sentir uma louca saudade de um desconhecido que você ama é... estranho(?).
Eu sou intensa de mais. Não queria ser assim.
A saudade que eu sinto é tanta que eu abandonaria tudo o que tenho só para estar com o que não conheço. Não é só saudade, também é curiosidade e desejo.
Eu sou impulsiva de mais. Não queria se assim.
Só sinto isso tão forte agora, por que me neguei a sentir isso antes. Me neguei o doce gosto de querer e ser querida, e agora me entrego por completo a braços invisíveis.
Eu amo de mais. Não queria ser assim.
Mas eu sou.
Amor e Morte. É disso que eu sei falar. Pois a gente ama até a morte e morre por amar.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
pesadelo ou realidade?
Tenho saudades de alguém que não conheço e de uma vida que não vivi. Absurdo não? Não!
O que é um sonho? Algo que se deseja intensamente ou apenas imagens agradáveis que se passam por trás dos olhos fechados? O oposto de sonho seria realidade ou seria pesadelo?
Na verdade, não me importo muito com nada disso.
Estou bem acordada, de olhos arregalados, na realidade e vivendo um sonho. Um lindo e há muito tempo já sonhado sonho. Um sonho que eu não queria mais sonhar e que (sinceramente?) tinha medo de sonhar. Depois de todos os pesadelos que já passaram pela minha vida, imaginar algo bom e acreditar nisso me parecia improvável... quanto mais viver algo bom.
Me desculpe. Eu sou descrente em vários sentidos, e até agora não acredito que um sonho finalmente é real.
Não te vejo nem te sinto, só te ouço e te leio. Eu quero, mas não consigo acreditar, não consigo me entregar. Os pesadelos ainda me assombram. Por causa deles vivi muito tempo fria e vazia. Mas agora parece que estou me enchendo e aquecendo.
Você me chama de fogo, de tentação e de má. E eu até gosto de ser assim (impossível!). Mas não pense em mim sempre desse jeito. Não quero ser sonho, eu sou realidade. Quero ser seu inferno se você for meu paraíso.
O que é um sonho? Algo que se deseja intensamente ou apenas imagens agradáveis que se passam por trás dos olhos fechados? O oposto de sonho seria realidade ou seria pesadelo?
Na verdade, não me importo muito com nada disso.
Estou bem acordada, de olhos arregalados, na realidade e vivendo um sonho. Um lindo e há muito tempo já sonhado sonho. Um sonho que eu não queria mais sonhar e que (sinceramente?) tinha medo de sonhar. Depois de todos os pesadelos que já passaram pela minha vida, imaginar algo bom e acreditar nisso me parecia improvável... quanto mais viver algo bom.
Me desculpe. Eu sou descrente em vários sentidos, e até agora não acredito que um sonho finalmente é real.
Não te vejo nem te sinto, só te ouço e te leio. Eu quero, mas não consigo acreditar, não consigo me entregar. Os pesadelos ainda me assombram. Por causa deles vivi muito tempo fria e vazia. Mas agora parece que estou me enchendo e aquecendo.
Você me chama de fogo, de tentação e de má. E eu até gosto de ser assim (impossível!). Mas não pense em mim sempre desse jeito. Não quero ser sonho, eu sou realidade. Quero ser seu inferno se você for meu paraíso.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
primeiro dia de aula
Meu primeiro dia de aula foi assim: abracei quatro ou cinco pessoas, conversei com duas e ganhei um presente de aniversario atrasado. Procurei minha sala, mas não a encontrei. E quando encontro, não entro. Me sento no escuro esperando minha compania favorita chegar. Observo pessoas cometendo o nojento crime de fumar em lugar fechado. Me afasto delas. Quase fico cega de tanto olhar para as luzes do pátio e conto as janelas. São nove de um lado de dezessete do outro. Penso que poderiam ser dezoito. Isso faria bem mais sentido. Retiro da sacola o presente que ganhei e logo em seguida o guardo. Penso em coloca-lo dentro da bolsa, mas não há espaço. E isso me lembra que carrego um livro e que ainda não o terminei. Penso em lê-lo, mas logo desisto. Eu teria que me sentar em outro lugar, pois onde estou a iluminação é péssima. Mas desisto dessa idéia também. Estou confortável e não quero me levantar.
Desistir de tantas coisas em tão pouco tempo me lembra que eu já pensei em desistir disso aqui, desse prédio e de todo o conhecimento que ele tem para mim. Não uma desistência permanente, apenas algo temporário para ajeitar minhas idéias no lugar e descobrir o que eu realmente quero fazer. Então me dou conta de que eu já sei o que eu quero fazer para o resto da vida.
Tenho papel e uma caneta macia em mãos. Começo a escrever.
Desistir de tantas coisas em tão pouco tempo me lembra que eu já pensei em desistir disso aqui, desse prédio e de todo o conhecimento que ele tem para mim. Não uma desistência permanente, apenas algo temporário para ajeitar minhas idéias no lugar e descobrir o que eu realmente quero fazer. Então me dou conta de que eu já sei o que eu quero fazer para o resto da vida.
Tenho papel e uma caneta macia em mãos. Começo a escrever.
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