sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

tomei uma decisão na minha vida: vou me libertar


vou me libertar de tudo o que me prende. cansei de estar presa, cansei das correntes morais. quero liberdade para ir e vir, para sonhar e realizar. quero viver a minha vida e alcançar meus objetivos.
não sinto absolutamente nada se minhas ambições não são iguais as suas, se não tenho os mesmos sonhos que você. graças a não sei o que, sou livre para ter meus próprios pensamentos e desejar quem e o que eu quiser.
eu sou livre! como não usei minha liberdade antes? não tenho donos. posso fazer o que eu quiser, simplesmente por que a vida é minha!
e já que a minha vida a mim pertence, vou vivê-la do jeito que eu acho melhor.

metade


duas partes de um inteiro
nascem separadas,
pela enorme distância
entre cidades afastadas.

mas isso não foi
um grande impedimento.
nós nos conhecemos
e nasceu o sentimento.

onde eu menos esperava
encontrei minha metade.
estou totalmente completa
apesar da imensa saudade.

isso sempre esteve aqui,
eu apenas não sabia.
eu não tinha idéia
do que um dia sentiria.

agora tudo esta no seu lugar,
tudo me parece certo.
pois estamos sempre juntos,
mesmo não sendo tão de perto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

respiração

Respirar nunca foi tão fácil. Inspirar e expirar. Não há mistérios. O ar passa tranquilo por mim e chega alegre aos meus pulmões. Enquanto meu coração saltita a cada feliz pensamento, minha respiração o acompanha nesse calmo, porém envolvente ritmo.
Se antes eu desejava dormir por toda a vida, só para não ter o desgosto de vivê-la, agora eu não quero nem piscar, e muito menos dormir. Quero ficar acordada o máximo que eu puder, respirando eternamente o ar que você expira.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

tudo não passa de tentativas

eu poderia usar todas as plavras que conheço para tentar te descrever, mas não passaria disso, uma tentativa. você é muito mais do que algumas palavras.
eu poderia usar as cores mais exoticas para tentar te desenhar, mas não passaria disso, uma tentativa. nenhuma cor é capaz de expressar sua essência.
eu poderia usar todas as notas para tentar te compor uma linda música, mas não passaria disso, uma tentativa. melodia alguma seria tão digna ao ponto de ter sido feita para você.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Desespero

Posso dizer com toda a certeza que estou desesperada. É um desespero desconhecido e intenso. Não sei se posso com ele. Não sei como agir diante dele. Ele chegou de mansinho, mal percebi sua presença, e quando finalmente me dei conta dele já era tarde demais. Minhas mãos já estavam atadas e ele me esganava o pescoço, gritava comigo, me ordenava que dissesse a verdade. Então gastei um dos pouquíssimos suspiros que me restava e lhe contei tudo. E ele chorou. E eu chorei. E nós choramos. E eu pedi perdão. E ele disse que não. Não para o meu perdão, não para tudo. Me esganou mais um pouco crente de que minha verdade era mentira. O que eu faria? Mentir mais? Não posso. Ele me mata aos poucos. Me esgana por fora, mas o ar me falta lá dentro. Suspiro mais um perdão e ele não cede. Seus olhos querem vingança, mas também imploram para que voltemos aqueles tempos que eram melhores do que esse. Não posso. Voltar é impossível. Um dia te pedi para entender, mas agora te peço para aceitar. Ninguém volta ao passado. Só é possível andar para frente. Me perdoe, eu digo mais uma vez e o desespero se afrouxa ao meu redor. Será que entendeu? Será que finalmente aceitou? Se eu acreditasse nele, pediria a Deus pela sua vida. Por favor, não quero mentir mais. Não posso mentir mais. Não engano só a você, engano a mim também. Me perdoe, desespero, por te desesperar. Não foi minha intenção. Nada disso foi planejado. Nada nunca é planejado. Ninguém planeja a chegada graça ou da desgraça. São coisas que simplesmente chegam. Me perdoe, por não poder prever a chegada de algo em mim. Sentimentos são imprevisíveis, tanto quanto os homens, mas não mais do que as mulheres. Desespero, por favor, não me desespere mais do que já estou.

tomei uma decisão na minha vida [2]



Eu não acredito em destino, acredito em coincidências. Acredito que diante de nós, o tempo todo, há escolhas – decisões a tomar, caminhos a percorrer.
Não há nada escrito em pedra. Tudo, todo o futuro depende unicamente do agora. É este presente momento que definirá o restante da sua existência. Assim sempre foi e assim sempre será. Você só sabe do que já viveu, do que já conheceu. Nada nem ninguém sabe coisa alguma sobre o que esta por vir. Cabe somente a você decidir o que virá.
Crendo nisso que eu tomo minhas decisões, e tendo em mente que o caminho que eu percorro diz respeito principalmente a mim e que as conseqüências dos meus atos afetarão especialmente a mim. Ou seja, é a minha cabeça que esta em jogo a cada passo que dou.
Assim, tomo uma decisão em minha vida: não permanecerei em um caminho por piedade ou tomarei uma decisão por mera curiosidade.
É agora que eu paro de pensar em todos e penso em mim. É agora que eu excluo todas as variáveis e considero apenas uma, a que realmente importa: eu.
Em determinados momentos deve-se pensar somente em sim mesmo. Em determinados momentos é saudável ser egoísta.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

síndrome dos braços vazios

Síndrome dos braços vazios é como eu chamo o medo de ficar sozinho, aquele (quase) pânico que te domina quando se imagina sem ninguém ao seu lado, somente o ar ao seu redor.
Esse medo é irracional, porém compreensível. Como alguém pode desejar a solidão? É da nossa natureza andar em bando, e é da nossa cultura querer um par para toda a vida.
Que triste seria, após anos de caminhada, olhar para trás e ver que por onde você passou, passou sozinho, e que tudo o que você fez, fez sozinho.
Anciar por uma vida a dois é normal, mas é loucura se desesperar por não encontrar a pessoa digna do seu amor e capaz de te amar.
Há loucos que matam e se matam por essa loucura, não entendem ou não querem aceitar que existem outros peixes na água – é só pescar. O segredo é não ter medo de pescar, de nunca fisgar nada, e jamais diga que não sabe como fazer. Pescar é um dom nato do ser humano. Como diz o bom pescador: “é só esperar”. Sempre tem um peixe pronto para ser fisgado. Sempre!
Então, se alguém não mordeu por completo o seu anzol, esse não é o seu peixe. Espere e deseje por alguém que nunca vacile quando o assunto é o futuro de vocês, alguém que também queira... Pois querer pelo outro só te leva a uma inevitável e sofrida solidão. Lembre-se, queira alguém que com certeza te quer também.
Não sei como desagüei em uma metáfora de peixes, mas espero que tenha entendido que não vale a pena ter medo de ficar como os braços vazios.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

outro suicídio


Acho que estou ficando louca
Há vozes na minha cabeça
Não tem ninguém por perto, mas
Há vozes na minha cabeça

Quando eu peço silencio
Elas param de falar
Mas alguns momentos depois
Começam tudo de novo

Elas dizem: pule, corte, mate...
A sim mesma.
Elas dizem: bata, beba, corra...
Para o inferno.

Tento não dar atenção
Mas elas gritam muito alto
Acho que minha única opção
É seguir a voz se chama intuição

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

inspiração do passado: Precipicio


As vezes você tem um precipício bem na sua frente, mas não se dá conta disso. Você está cego de mais para perceber que mais um passo e você cai de cabeça em uma pedra pontuda.
De repente, em um piscar de olhos, o precipício não esta mais na sua frente, ele esta atrás de você.
Você saltou sobre ele? Não! Foi o precipício que mudou de lugar, sem se quer te tocar. Foi a sua sentença de morte que se recusou a te matar.
Obrigada.
Mas por quê? Piedade? Não! Por que você é bom de mais para morrer em um simples buraco? Não. Mas continue pensando assim, pois a morte pensou exatamente o contrario.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

suicídio


Eu cometi um crime
Eu me matei
Um tiro na cabeça é suicídio

A vida é difícil
Mas a morte é pior
Quem disse que tirar uma vida é fácil?

Eu cometi um crime
Eu me matei
Veneno em minha boca é suicídio

Eu costumava pensar que não era brava o bastante
Para fazer esse tipo de coisa
Mas descobri que sou

Eu cometi um crime
Eu me matei
Cortar meus pulsos é suicídio

Para matar alguém é preciso coragem
Mas para se matar
É preciso ainda mais coragem

Eu cometi um crime
Eu me matei
Pular de um prédio é suicídio

Eu sei que ainda tenho muito para viver
Mas eu não quero isso
Ficar viva não é opção para mim

Eu cometi um crime
Eu me matei
Uma lamina em meu coração é suicídio

Acabaram os meus disfarces
Há muita dor em meu coração
Esta chovendo em meus olhos

Eu cometi um crime
Eu me matei
Tentar respirar água é suicídio

Isso não se parece com uma vida
Estou começando a sentir o suicídio
Estou sentindo... nada

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Saudade [3]

Se tem algo que eu realmente odeio sentir é saudade. Por que ela dói. Ela chega de mansinho me ferindo por dentro e quando me dou por mim ela esta transbordando dos meus olhos.
Eu sou dramática de mais. Não queria ser assim.
Sentir saudades de alguém que você gosta é normal. Mas sentir uma louca saudade de um desconhecido que você ama é... estranho(?).
Eu sou intensa de mais. Não queria ser assim.
A saudade que eu sinto é tanta que eu abandonaria tudo o que tenho só para estar com o que não conheço. Não é só saudade, também é curiosidade e desejo.
Eu sou impulsiva de mais. Não queria se assim.
Só sinto isso tão forte agora, por que me neguei a sentir isso antes. Me neguei o doce gosto de querer e ser querida, e agora me entrego por completo a braços invisíveis.
Eu amo de mais. Não queria ser assim.

Mas eu sou.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

pesadelo ou realidade?

Tenho saudades de alguém que não conheço e de uma vida que não vivi. Absurdo não? Não!

O que é um sonho? Algo que se deseja intensamente ou apenas imagens agradáveis que se passam por trás dos olhos fechados? O oposto de sonho seria realidade ou seria pesadelo?
Na verdade, não me importo muito com nada disso.
Estou bem acordada, de olhos arregalados, na realidade e vivendo um sonho. Um lindo e há muito tempo já sonhado sonho. Um sonho que eu não queria mais sonhar e que (sinceramente?) tinha medo de sonhar. Depois de todos os pesadelos que já passaram pela minha vida, imaginar algo bom e acreditar nisso me parecia improvável... quanto mais viver algo bom.
Me desculpe. Eu sou descrente em vários sentidos, e até agora não acredito que um sonho finalmente é real.
Não te vejo nem te sinto, só te ouço e te leio. Eu quero, mas não consigo acreditar, não consigo me entregar. Os pesadelos ainda me assombram. Por causa deles vivi muito tempo fria e vazia. Mas agora parece que estou me enchendo e aquecendo.
Você me chama de fogo, de tentação e de má. E eu até gosto de ser assim (impossível!). Mas não pense em mim sempre desse jeito. Não quero ser sonho, eu sou realidade. Quero ser seu inferno se você for meu paraíso.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

primeiro dia de aula

Meu primeiro dia de aula foi assim: abracei quatro ou cinco pessoas, conversei com duas e ganhei um presente de aniversario atrasado. Procurei minha sala, mas não a encontrei. E quando encontro, não entro. Me sento no escuro esperando minha compania favorita chegar. Observo pessoas cometendo o nojento crime de fumar em lugar fechado. Me afasto delas. Quase fico cega de tanto olhar para as luzes do pátio e conto as janelas. São nove de um lado de dezessete do outro. Penso que poderiam ser dezoito. Isso faria bem mais sentido. Retiro da sacola o presente que ganhei e logo em seguida o guardo. Penso em coloca-lo dentro da bolsa, mas não há espaço. E isso me lembra que carrego um livro e que ainda não o terminei. Penso em lê-lo, mas logo desisto. Eu teria que me sentar em outro lugar, pois onde estou a iluminação é péssima. Mas desisto dessa idéia também. Estou confortável e não quero me levantar.
Desistir de tantas coisas em tão pouco tempo me lembra que eu já pensei em desistir disso aqui, desse prédio e de todo o conhecimento que ele tem para mim. Não uma desistência permanente, apenas algo temporário para ajeitar minhas idéias no lugar e descobrir o que eu realmente quero fazer. Então me dou conta de que eu já sei o que eu quero fazer para o resto da vida.
Tenho papel e uma caneta macia em mãos. Começo a escrever.

domingo, 27 de junho de 2010

Inspiração do Passado: Arrependimento

Há algumas semanas atrás eu fiz uma coisa horrível, da qual me arrependo amargamente.
Eu não deveria ter feito aquilo!
Eu não deveria ter me rebaixado aquilo.
Mas foi o que eu fiz.
Fiz o meu papel, não fiz? Mas que papel terrível. Eu não queria ter esse papel. Eu não queria ter imposto esse papel a mim mesma. Mas foi o que eu fiz, não foi?
Primeiramente, eu não queria ter conhecido quem eu conheci.
Eu não queria ter dito algumas das coisas que eu disse.
Eu não queria ter olhado naqueles olhos – que antes eu conhecia tão bem – e ter visto um estranho.
Eu não teria feito papel de “boba” se eu não atendesse números estranhos.
Eu não teria feito papel de “idiota” se eu mantesse meus princípios – uma relação rompida é uma relação rompida, isso implica em rompimento em todos os sentidos. Todos.
Se eu não fosse tão teimosa, nem tão curiosa... Se eu não me fizesse aquela pergunta tantas vezes... – “Onde é que isso vai dar?” – E se eu não me desse aquela resposta tantas vezes... – “Vou pagar pra ver.” – Acho que tudo (TUDO) seria diferente.
Pra começar, nada disso teria começado

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tomei Uma Decisão Na Minha Vida

Hoje eu tomei uma decisão da minha vida! Não vou mais viver de possibilidades. Não quero mais viver pensando ‘e se?’.
Chega de sonhar com futuros improváveis e de me decepcionar com o que não aconteceu. Chega de basear minhas decisões nos sórdidos acontecimentos que só existem no meu devasso universo paralelo, onde eu sempre corro atrás do que quero, mas nunca alcanço.
Pensando bem, ele não é tão paralelo assim.
Oh vida! Preciso sair desse poço em que eu cai. Aqui só há uma cama para deitar e um travesseiro pra chorar. Eu preciso de mais! Preciso entender que existe vida lá fora, que talvez haja uma charmosa e gentil vida esperando por mim – eu só não sei onde pode estar.
Eu não faço idéia de onde esta. Eu já posso ter encontrado e não ter me dado conta. Será isso possível?
Será possível encontrar a vida que esta predestinada a acompanhar a sua por toda a eternidade e não se dar conta disso?
O que eu estou pensando? Eu não acredito em nada disso. Me recuso a acreditar no destino. Ele não existe. E se existe, ele não é muito bom comigo, só colocou tragédias no meu caminho.
Eu simplesmente não consigo aceitar no fato de que não sei o que será de mim.
As vezes a ignorância é tão irritante quanto a esperança. A falsa esperança. Eu mesma inventei essa esperança, ninguém me deu. E é exatamente dela que eu quero me livrar. O que me lembra da minha decisão.
Decidi que não vou esperar pelas respostas das perguntas que não tive coragem de fazer, vou viver o presente e planejar o futuro baseada no que eu tenho certeza. Não preciso das duvidas de ninguém, já tenho as minhas.

Ou seja,
Querido, sinto muito, mas não vou te esperar. Você não pediu. Fiquei esse tempo todo aqui por conta própria e você nunca deu sinal de vida.
Querido, eu vou viajar, vou conhecer novos lugares e novas pessoas. Vou correr o risco de ser feliz sem você.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

sonho ou pesadelo?

Hoje eu sonhei um dos pesadelos mais lindos da minha vida. Sonhei com ele. Ou melhor, com a voz dele.

Ele me ligou. Disse que me queria, que me desejava. Ele sentia minha falta tanto quanto eu sentia dele. Disse que me amava, que nunca deixou de me amar. Disse que tentou me esquecer, mas que não conseguiu, pois algo assim é impossível.
Mal sabia ele que o que dizia era exatamente como eu me sentia.
A alegria que me atingiu no momento em que ouvi tais coisas foi tão imensa que eu não cabia dentro de mim mesma, que comecei a pular e a chorar.
Ele simplesmente não tinha idéia de como eu me sentia, do quão infeliz eu estava longe dele, do tamanho da minha saudade.
Não era só desejo, era necessidade o que eu tinha por ele. Cada célula do meu corpo sussurrava seu nome durante os dias, e a noite o que eu ouvia eram gritos de agonia.
A saudade era tanta que doía. Ela realmente dói. Eu sinto um aperto forte do peito toda vez que penso nele. É como se eu sofresse um pequeno enfarto só por evocar sua memória. É o preço que eu pago por amar tanto, por me entregar por inteiro, quando eu me prometi que jamais faria isso.
Mas a minha alegria incontrolável acabou de repente. Sua voz desapareceu, e levou consigo o meu adorável sonho.
O que me restou foi um pesadelo horrendo, onde eu não escutava nada. Sua voz sumiu, e junto dela também se foram todos os sons do mundo.
Eu também não enxergava direito. Antes tudo era tão colorido e brilhante, mas agora as coisas e as pessoas possuíam tons pastéis. Me desespero quando o lado esquerdo da minha visão começa a desbotar, a se distorcer e então a desaparecer também.
Tudo esta indo embora. Ele, minha audição, minha visão, tudo se foi. A esperança que eu nunca deveria ter tido também se foi.
Eu choro. Eu grito. Corro, tropeço e caio.
No meio de todo esse caos o único pensamento que eu tenho em mente é ‘eu preciso ouvi-lo de novo’. Eu precisava ter certeza do que ouvi. Eu precisava confirmar seu amor, ter certeza de que tudo o que ele disse foi real. Eu só precisava ouvi-lo de novo...

Então eu acordo. Fiquei feliz por um único segundo, pensando em qual seria o melhor horário para ligar para ele e terminar nossa conversa. Mas então eu me lembro de que tudo não passou de um sonho, e mergulho em um pesadelo de verdade.
Acordar de algo lindo é simplesmente tenebroso. Quero meu sonho de volta!
Quando me dei conta da minha ‘real’ realidade me entristeci, quase chorei. É indescritível o choque da compreensão de que tudo não passou de um sonho, de que ele nunca me ligou, de que nunca mais ouvi sua voz, de que ele não me disse nada do que sonhei ter ouvido, de que provavelmente ele não me quer, não sente minha falta e não me ama.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Declaração pra Lyla


Eu sou uma pessoa muito estranha. Diferente do resto do mundo – com exceção de raras pessoas – eu não tenho essa necessidade – quase doentia, mas que todos acham normal – de me comunicar com outras pessoas. Há momentos em que sou muito mais o silencio do que a voz de qualquer outra criatura
Tenho pela minha cadela mais estima do que por 99% das pessoas que conheço, e reconheço que prefiro mil vezes a companhia dela do que a de qualquer um. Por que é ela quem sabe dizer em um sibilar silencioso exatamente o que eu preciso ouvir, e é ela que me conforta com um imperceptível piscar de olhos de uma maneira que mais ninguém consegue.
Digo a todos que ela é como minha irmã, e admito que um dia realmente gostei dela dessa maneira. Mas hoje, o que eu sinto por esse maravilhoso ser de quatro patas transcende qualquer sentimento que alguém possa ter, ou ter tido, por algum animal. Pois para mim ela não é só isso, uma mera cadela. Ela é mais. Ela sou eu se eu fosse um animal.

domingo, 21 de março de 2010

Pessimista

O mundo que eu conheço esta prestes a desmoronar. E vai me levar junto. Ficarei soterrada sob os escombros da minha própria vida até que mais uma vez uma alma piedosa tenha compaixão de mim e me resgate do abismo em que estou prestes a cair.
Sim. Eu cairei em um abismo. Eu cairei em um abismo sem fim. E se as forças que movem o acaso não trabalharem a meu favor, estarei destinada a uma queda sem fim.
Sem luz e no escuro. É assim que passarei os meus dias e noites se tudo der errado, se meus planos não se concretizarem, se meus desejos não forem realizados.
É pedir demais um pouco de felicidade? Pois a infelicidade, eu não a peço, mas a recebo. Quero a felicidade de acordo com a minha definição da palavra. Quero ser feliz ao lado de quem eu quero. “Eu quero. Eu quero. Eu quero.” É só isso que eu sei pensar. Quando será que eu finalmente pensarei “eu tenho o que eu quero”?
Meus desejos e minhas vontades estão perdendo o significado e já não tem quase valor algum para mim. E ao mesmo tempo são tudo o que eu tenho. São o que me fazem ter esperança.
Engraçado. Meus desejos e minhas vontades me fazer ter algo que eu não posso ter. Esperança... Para que ter esperança se eu tenho certeza de que cairei no abismo novamente? E dessa vez, eu acho que nunca mais verei a superfície.

sábado, 20 de março de 2010

Saudade [2]

Queria tanto ter você aqui comigo sempre meu. Todo meu. Mas eu não tenho nada disso. Tenho tudo ao contrario E é por isso que eu me lamento. Eu choro. E tenho espasmos pelo meu corpo.
Como eu luto para não acordar. Meus sonhos são meus paraísos. E você esta em todos eles. Até hoje só tive um pesadelo com você. Mas ele não eclipsa os sonhos bons.
Já perdi a conta dos dias que não te vejo. Mas eles não significam mais do que os dias em que ficamos juntos – dias esse que eu conto nos dedos de uma só mão.
Você não tem idéia do quanto eu te desejo. Te quero. Necessito de você. Te preciso a todo momento. Te desejo em cada pensamento.
Literalmente, dói sentir sua falta. Sinto na pele. No peito. A sinto se movendo dentro de mim. Sua falta me contorce. Me machuca. E se multiplica.
Minha cura é você. E não só por um momento. Minha cura é você para sempre. Por isso eu queria ter você aqui comigo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pq as mulheres choram tanto?

Por que as mulheres choram tanto? Bom, acho que posso falar em nome de todas quando digo que quando a emoção é muito grande ela transborda pelos olhos – seja a emoção boa ou ruim.
O fato é que não importa quão forte emocionalmente seja uma mulher, chega um momento em que todos os sentimentozinhos ruins que ela vem guardando se unem e começam a martelar em seu coração. Martelam tanto que chega a doer. Essa dor é praticamente insuportável, ela estrangula o coração, e o único jeito de aliviá-la é chorando. E aos poucos a dor desde enfarto emocional é expelida através das lagrimas. E depois de muito choro vem o suspiro. Ela inspira e expira, tentando extrair forças do ar ao seu redor – as vezes força para conter o choro, outras vezes força para continuar chorando. E é nessas horas, em que ela respira fundo, é que a dor no peito costuma voltar. E ela volta mais forte do que antes, trazendo consigo uma retrospectiva dos momentos ruins e pensamentos que as mulheres jamais deveriam pensar. A dor volta determinada a aniquilar qualquer vestígio de racionalidade. Nessas horas, para algumas mulheres, chorar já não é o bastante e é preciso algo mais forte, então elas gritam. E assim descarregam sua dor interna da forma mais intensa que existe. O grito funciona como uma descarga, você se livra de tudo o que te atormenta de forma rápida. Mas como todo bom encanamento entupido, o que você não quer acaba voltando. Gritar proporciona um alivio momentâneo, você se sente quase que insignificantemente mais leve, mas um segundo depois a dor volta, e a verdade é que ela nunca se foi realmente. O grito só abafou a voz da dor, e ela continua falando cada vez mais alto, chegando ao ponto de gritar mais do que você, tornando seus gritos inúteis e te impedindo de ouvir os próprios pensamentos – principalmente os racionais, aqueles que podem te tirar buraco em você se encontra. Sim, se você ver uma mulher chorar ao ponto de gritar e agir feito uma doida, saiba que ela esta na pior. E, sinceramente, não há nada que alguém possa fazer para socorrê-la, qualquer tentativa de ajuda será frustrada e irá piorar a situação.
O que fazer então? Não faça nada. Principalmente se você é o responsável por este desastre. Se ela queria algo, com certeza não quer mais. Ou melhor, ela continua querendo o mesmo que antes ou até mais um pouco, mas já teve tempo o suficiente de pensar em mil e um motivos para não querer mais, e ainda se programou para rejeitar qualquer coisa que você lhe ofereça, faça ou diga. Ela esta simplesmente contra você em todos os sentidos. Nessas horas, a mulher que chora e grita, lhe parecendo completamente fora de si, é sua pior inimiga – ela irá te afastar, e te atacar com todas as armas que tem se se sentir ameaçada – mas não por que ela quer, mas por que esta é forma que ela tem de se proteger. Para evitar que você pise em falso novamente ela irá evitar qualquer contato. Para ela, você acabou de se tornar a pior pessoa do mundo – mas não se preocupe, se agir direito você sobe de novo no conceito dela.
Um conselho? Mantenha a calma, não se apavore com as reações dela.
Toda mulher antes de chorar fica sem palavras, nem que seja por um segundo, e só depois que vem a reação dela. Nesse momento em que ela não diz nada, ela esta repassando mentalmente o que acabou de acontecer e se convencendo de que não esta tendo um pesadelo. Então ela fala, ou melhor grita com você – e se não grita é por que esta se segurando. E depois de verbalizar todos os pensamentos que teve naquele momento de silencio ela chora. E algumas, já sabendo que tudo vai acabar em lagrimas e que falar naquele momento será inútil, vão direto ao choro. Deixe-a falar, deixe-a chorar, e depois deixe-a gritar. O importante é deixá-la se expressar da maneira que puder para que depois ela possa se acalmar. Por que mulheres, assim que se machucam, não querem dar ao seu “agressor” outra chance de machucá-las. Mas não saia de perto dela, ela ainda precisa de você mesmo que não demonstre isso, e se ela realmente quiser, depois que se acalmar vai lhe dar a chance de se redimir. E é nessas horas em que você pode agir, pode ser o cavalheiro de armadura que a resgata a donzela do dragão de suas emoções.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Saudade

E eu morro.
Aos poucos desfaleço...
Sem ti não como.
Sem ti não bebo.
Sem ti não vivo.
E eu morro.
Aos poucos desfaleço.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Amor e Morte

Amor e Morte,
é disso que eu sei falar.
Pois a gente ama até morte
e morre por amar.