sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Divagando Sobre O Acontecido

Um dia, não há muito tempo atrás, pensei em como seria te encontrar - se eu, de alguma forma, te reconheceria e o que eu sentiria.
Era doloroso pensar em um futuro que eu não sabia o quão longe estava do meu presente, um futuro que eu se quer sabia se existiria.
Um dia a mais, um dia a menos - eu me confortava, mas desejava, de todo o meu coração, que o dia de te conhecer não demorasse a acontecer.
Te ver, te tocar, olhar para trás e lembrar disso aqui, de agora, de quando eu ainda não te conhecia e sofria de um medo absurdo de jamais conhecer.
Cada coisa boba que a gente pensa. Cada medo irracional que a gente sente. Sim, agora nada disso mais faz sentido. Te encontrei, meu amor.
Não foi como eu pensava que seria, não a primeira vista, não foi em um "susto". Foi devagar, foi tranquilo, foi sutil, foi discreto, mas também, arrebatador.
Você foi me seduzindo, eu fui me envolvendo, e quando me dei conta, te amo. Foi inesperado, foi uma surpresa, foi perfeito.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Substância Alucinógena

Sorrateiro se aproximou e me seduziu
Me envolveu em suas finas teias
Tão imperceptivelmente veloz e sutil
E mais do que sangue correu por minhas veias

Pensei que nunca mais voltaria a desejar
Agora desejava mais do jamais desejei
Descobri que não preciso mais sonhar
Você é mais do que sempre sonhei

Algo me queimava por dentro
E nada abrandaria esse fulgor
Nem mesmo o mais forte vento
Mal sabia eu que era amor





sábado, 19 de novembro de 2011

Lamento e Arrependimento

Eu me sinto como se tivesse abandonado algo importante, como se tivesse deixado alguma coisa para trás - o que de fato deixei.
Acho que estou arrependida, mas... ao tomar uma decisão a gente não pensa em todas as consequências. Existem inúmeras estradas e possibilidades. Nada é certo.
O que eu estava pensando? Ora, eu pensava que estava escolhendo o caminho que me levaria aonde eu queria ir, pensava que tudo sairia como eu planejei, e que a essa altura eu não estaria aqui me lamentando e me arrependendo, e sim feliz com o rumo que eu seguia.
Meu erro foi exatamente esse: não pensar que poderia dar errado, confiar demais no tempo e nas circunstâncias.
Agora é tarde demais. O tempo não volta atrás. Eu sinto como se tivesse perdido mais do que deveria e muito mais do que o necessário.
Ah, que vontade imensa de voltar e dizer a mim mesma o quão estúpida eu estava sendo. Tarde demais para mim. A gente só enxerga o buraco quando já esta dentro dele.
Confiei demais em algo que esta fora do meu controle. Não pretendo cometer esse erro de novo. Não confiarei em nada nem ninguém, nem mesmo em mim - não só em mim. Abrir todas a janelas e observar o céu antes de abrir a porta e partir.
Apesar do meu lamento e do meu arrependimento, me lamentar e me arrepender não muda nada, só me atrasa ainda mais. Por isso agora vou fazer a única coisa que me resta: abrir as janelas e observar o céu.