Não importa
quanto tempo passe ou quanto eu cresça, quantas coisas eu viva, quantas pessoas
e lugares eu conheça. Nunca me esquecerei de que você me proporcionou alguns
dos melhores anos da minha vida. Aprendi a andar, a correr, a cair e a me
levantar - tudo isso com você. Via e ouvia coisas que não entendia, era cheia
dos porquês, e você estava lá, sempre alimentando meus questionamentos. Mais um
passo, mais dúvida, uma pergunta, mais uma resposta, mais um aprendizado.
Entendi o que sou, que língua falo, meus gostos e desgostos ao seu lado. Éramos
tão inocentes e isso era tão bom. Não havia preocupação, era só vida, só
alegria. Mesmo gostando mais de uns e não tanto de outros, todos eram meus
amigos, todos brincavam comigo. Eu era gordinha enquanto outros eram magrinhos,
mas tínhamos praticamente o mesmo tamanho - tanto por dentro quando por fora.
Éramos gigantes, tão grandes quanto a nossa imaginação. Mas também podíamos ser
heróis, monstros, mágicos ou até mesmo da realeza. Nosso objetivo era nos
divertir e nos sujar, e nossa maior vitória era nos esconder e ninguém nos
encontrar. Mas, infelizmente, um dia, não sei quando, tudo isso mudou.
Infância, por que você acabou?
Amor e Morte. É disso que eu sei falar. Pois a gente ama até a morte e morre por amar.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Divagando Sobre O Acontecido
Um dia, não há muito tempo
atrás, pensei em como seria te encontrar - se eu, de alguma forma, te
reconheceria e o que eu sentiria.
Era doloroso pensar em um
futuro que eu não sabia o quão longe estava do meu presente, um futuro que eu
se quer sabia se existiria.
Um dia a mais, um dia a menos
- eu me confortava, mas desejava, de todo o meu coração, que o dia de te
conhecer não demorasse a acontecer.
Te ver, te tocar, olhar para
trás e lembrar disso aqui, de agora, de quando eu ainda não te conhecia e
sofria de um medo absurdo de jamais conhecer.
Cada coisa boba que a gente
pensa. Cada medo irracional que a gente sente. Sim, agora nada disso mais faz
sentido. Te encontrei, meu amor.
Não foi como eu pensava que
seria, não a primeira vista, não foi em um "susto". Foi devagar, foi
tranquilo, foi sutil, foi discreto, mas também, arrebatador.
Você foi me seduzindo, eu fui
me envolvendo, e quando me dei conta, te amo. Foi inesperado, foi uma surpresa,
foi perfeito.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Substância Alucinógena
Sorrateiro se aproximou e me seduziu
Me envolveu em suas finas teias
Tão imperceptivelmente veloz e sutil
E mais do que sangue correu por minhas veias
Pensei que nunca mais voltaria a desejar
Agora desejava mais do jamais desejei
Descobri que não preciso mais sonhar
Você é mais do que sempre sonhei
Algo me queimava por dentro
E nada abrandaria esse fulgor
Nem mesmo o mais forte vento
Mal sabia eu que era amor
sábado, 19 de novembro de 2011
Lamento e Arrependimento
Eu me sinto como se tivesse
abandonado algo importante, como se tivesse deixado alguma coisa para trás - o
que de fato deixei.
Acho que estou arrependida,
mas... ao tomar uma decisão a gente não pensa em todas as consequências.
Existem inúmeras estradas e possibilidades. Nada é certo.
O que eu estava pensando? Ora,
eu pensava que estava escolhendo o caminho que me levaria aonde eu queria ir,
pensava que tudo sairia como eu planejei, e que a essa altura eu não estaria
aqui me lamentando e me arrependendo, e sim feliz com o rumo que eu seguia.
Meu erro foi exatamente esse:
não pensar que poderia dar errado, confiar demais no tempo e nas
circunstâncias.
Agora é tarde demais. O tempo
não volta atrás. Eu sinto como se tivesse perdido mais do que deveria e muito
mais do que o necessário.
Ah, que vontade imensa de
voltar e dizer a mim mesma o quão estúpida eu estava sendo. Tarde demais para
mim. A gente só enxerga o buraco quando já esta dentro dele.
Confiei demais em algo que esta
fora do meu controle. Não pretendo cometer esse erro de novo. Não confiarei em
nada nem ninguém, nem mesmo em mim - não só em mim. Abrir todas a janelas e
observar o céu antes de abrir a porta e partir.
Apesar do meu lamento e do meu
arrependimento, me lamentar e me arrepender não muda nada, só me atrasa ainda
mais. Por isso agora vou fazer a única coisa que me resta: abrir as janelas e
observar o céu.
domingo, 18 de setembro de 2011
Unce Upon A Time
Once upon a time, someone told me
the Sun won’t rise and everything will be night, quiet and dark.
the Sun won’t rise and everything will be night, quiet and dark.
Once upon a time, someone told me
the rivers will run up, the animals will drink fire and be afraid of water.
the rivers will run up, the animals will drink fire and be afraid of water.
Once upon a time, someone told me
there’s gonna be no life, just caos, just dark, the moon and the stars.
there’s gonna be no life, just caos, just dark, the moon and the stars.
Once upon a time, someone told me
I will wake up then I will die.
I will wake up then I will die.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Sonhando Acordada
Um dia eu sonhei com luzes e muitas cores
Com lábios sorrindo e olhos brilhando
Com consciências leves e corações sem dores
E todos comigo também sonhando
Nada menos que a perfeição!
Quem me dera isso ser realidade
E não uma utopia da minha imaginação.
Uma pena sonhos não serem verdade.
Pessoas sofrendo e se iludindo
Que o próximo tomará as rédeas
E enquanto isso, a esperança diminuindo.
Todos aprisionados a idéias feias e velhas.
Mentes são manipuláveis mesmo as cabeças sendo duras.
Há um desejo em comum mas ninguém faz nada.
Não acredito mais em promessas e juras.
O futuro da humanidade escorre feito água.
Mero sonho, bobeira minha
Pensar que o mundo tem salvação.
Boas intenções eu também tinha
Até enxergar o fim da civilização
O que não tardará a chegar
E será por nossas próprias mãos.
Por isso gosto de sonhar
Viver no conforto da imaginação
Onde tudo é bom e belo
Onde crianças são crianças
Vou vivendo feliz em meu castelo
Sem precisar dessa inútil esperaça
sábado, 30 de abril de 2011
inspiração do passado: Desabafo Da Madrugada
É uma coisa tão maluca e sem noção isso que eu acho que é amor.
Estou eu aqui, acidentalmente revendo um dos filmes românticos mais lindos que eu já vi, e nessa história nada dá certo no inicio, as coisas se complicam no meio, mas no final... O final é perfeito.
Será assim comigo também? Alguma coisa dará certo no final? O fim da minha história também pode ser perfeito?
Quando eu pensei que não poderia haver mais complicações, adivinha só! Há mais complicações. Sempre vai haver mais complicações. Mais do que eu posso esperar. Mais do que eu posso suportar. Sempre vai haver complicações. Sempre.
Uma vida sem complicações não existe. É impossível. Mas agora, uma vida feliz – nem que seja um pouco – também me parece impossível, inexistente.
Eu estou plenamente ciente de que agora eu não quero ninguém. Não quero mesmo. Não tenho tempo para ninguém, e nem quero ter – não agora.
Mas existe essa necessidade, esse desejo aqui dentro, que eu não sei explicar de onde vem. É uma voz em mim que grita desesperadamente o nome dele. O nome de quem eu menos quero querer. O nome de quem eu deveria ter esquecida há anos atrás, mas que eu não esqueço. Ele me persegue todos os dias e me chama todas as noites. Nos meus sonhos ele me convida para estar com ele – eu tento recusar, mas não consigo. É mais forte do que eu.
Até na minha cabeça ele me convence a fazer coisas que eu sei que não deveria fazer – por questão de orgulho – mas que no fundo eu quero desesperadamente. É só ele me desafiar. É só ele usar aquelas palavrinhas. Não é “eu te amo”, é um golpe mais baixo do que esse. Ele simplesmente diz “é só você dizer que não quer que eu paro”. Como eu vou dizer uma coisa dessas? Nunca fui capaz de dizer “não” a ele quando era de verdade, porque eu diria agora que tudo esta acontecendo somente na minha cabeça?
E isso, é que mais me arrasa.
Mesmo quando estou no controle da situação – eu acho – não governo muito bem os meus pensamentos, eles me levam para onde querem. Eu me entrego, me sujeito a ele, como se tudo fosse real. Vivo e sobrevivo a cada sentimento e emoção que aflora em mim como se fosse a ultima vez que eu pudesse fazer isso.
E depois eu choro.
Choro de raiva de mim mesma. Como eu posso fantasiar com alguém que não me quer? Como eu posso fantasiar com alguém que deixou tão claro que não me quer?
Acho que eu simplesmente me recuso a claridade da realidade e a substituo pela escuridão da minha imaginação. Me agarro ao ultimo e inexistente fio de esperança – como eu posso me apegar tanto a uma coisa que não existe?
Eu sou o que para ele?
Ele é o que para mim?
O que eu realmente sinto? Seja por ele ou por mim mesma.
Eu não tenho amor próprio? Porque me martirizo tanto com isso?
Porque ele?
Porque ele não desaparece da minha vida e me deixa em paz?
Será que conseguiria deixa-lo fazer isso?
Para o meu próprio bem, que eu consiga.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
imaginação do mal
É horrível como nossa mente pode ser má às vezes. E se a sua é diabolicamente fértil como a minha... meus pêsames.
As vezes eu desejo não ter imaginação, ser desprovida de qualquer tipo de criatividade, só para não ter que ver as imagens que insistem em aparecer por trás das minhas pálpebras. Pois basta apenas uma fagulha e meu cérebro já se incendeia com cenas que fazem meus olhos fugirem das orbitas, com sons que fazem meus ouvidos sangrarem, e com pessoas em atos lascivos – e quanto mais eu vejo, mas eu as desejo mortas.
Quero viver em paz comigo mesma, mas não posso. Qualquer palavra ou o mais insignificante dos gestos podem desencadear pesadelos catastróficos, que me assombram durante o dia, quando não posso acordar e me libertar deles, quando não tenho para onde fugir.
Pelos olhos tento expulsar todo o mal que minha mente me impõe, mas isso nunca é o suficiente. Estou condenada a ser escrava dos meus pensamentos, amaldiçoada a imaginar o pior – e ao imaginá-lo vivê-lo, e ao vivê-lo sofrer – sem nunca conseguir esquecer.
As vezes eu desejo não ter imaginação, ser desprovida de qualquer tipo de criatividade, só para não ter que ver as imagens que insistem em aparecer por trás das minhas pálpebras. Pois basta apenas uma fagulha e meu cérebro já se incendeia com cenas que fazem meus olhos fugirem das orbitas, com sons que fazem meus ouvidos sangrarem, e com pessoas em atos lascivos – e quanto mais eu vejo, mas eu as desejo mortas.
Quero viver em paz comigo mesma, mas não posso. Qualquer palavra ou o mais insignificante dos gestos podem desencadear pesadelos catastróficos, que me assombram durante o dia, quando não posso acordar e me libertar deles, quando não tenho para onde fugir.
Pelos olhos tento expulsar todo o mal que minha mente me impõe, mas isso nunca é o suficiente. Estou condenada a ser escrava dos meus pensamentos, amaldiçoada a imaginar o pior – e ao imaginá-lo vivê-lo, e ao vivê-lo sofrer – sem nunca conseguir esquecer.
domingo, 16 de janeiro de 2011
dedicatória
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